– Oitava Série. CMAQ

"A poesia é a mínima distância entre o sentimento e o papel" – Levi Trevisan

Cavalos e Obeliscos – Moacyr Scliar

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Moacyr Scliar escreveu o livro com uma linguagem simples e de fácil compreensão, sendo que o mesmo foi narrado em terceira pessoa.
O livro fala de um garoto chamado Ernesto Mello, filho de Octavio Mello e Ana Mello e neto de um personagem conhecido na cidade de Potreiros e em todo o Rio Grande. Coronel Picucha era o nome do avô de Ernesto, ele era um gaúcho peleador que vivenciou muitas batalhas. E foi justamente com as histórias de seu avô que Ernesto, ao ver um concurso na TV, decidiu mandar um texto com a história de seu avô, um tempo depois ele foi escolhido para que seu texto virasse uma novela de TV.
Deixando sua mãe para trás, Ernesto foi pra o Rio de Janeiro para, junto com o produtor, adaptar o texto para a novela.
O garoto passou por apuros no avião, não quis comer porque pensou que ia pagar, passou mal. Chegou ao Rio de Janeiro, ficou admirado com a beleza. O seu hotel, 4 estrelas, para ele um luxo total.
Ficou um tempo sem receber o telefonema do produtor, telefonema muito esperado. Ele saiu as ruas e encontrou um velho, saiu correndo com medo de ser assaltado, o velho continuou atrás dele. Ao se perder em um beco sem saída, o velho o pegou e contou quem era. O velho homem era o coronel Picucha, seu avô, nem parecia aquele das históirias que ele escrevia.
Os dois foram para o hotel e conversaram, mataram a saudade. Picucha contou novas histórias, como aquela de quando sua tropa amarrou os cavalos no obelisco do Rio de Janeiro para afrontar os cariocas que, pelo visto, Picucha odiava, parecendo ser rancoroso.
O velho, vendo a aflição de Ernesto, que estava sendo enrolado pelo produtor, levou o garoto para o lugar onde ele encontraria o pilantra. Chegando lá, descobriram que o produtor foi embora, não trabalhava mais lá. Os dois voltaram ao hotel, Ernesto, com saudades da mãe, decidiu voltar para a sua terra. Marcou o voo para a mesma noite.
Ao dizer que estava indo embora para a portaria do hotel, recebeu uma conta enorme, muito além da das economias que levou, eram os extras que comeu e bebeu no hotel.
Estava desolado no quarto quando chegou Picucha, o velho decidiu ajudá-lo. Os dois desceram para a portaria, Picuhca mandou Ernesto sair disfarçadamente, ao ver o garoto saindo o porteiro logo correu atrás, mas Picucha segurou-o mandando Ernesto correr, mas ele não queria ir sem Picucha. O velho se desvencilhou dos seguranças e saiu correndo e, ao atravessar a rua, foi atropelado, o menino pegou um táxi e levou-o ao hospital, porém já era tarde. Picucha já estava morto.
O velório na casa de Picucha foi esquisito, Ernesto conhecia apenas uma pessoa, uma companheira de voo e só. Ele, ainda preocupado com sua divida no hotel, comentou com ela sobre esse fato, que teve o prazer de dizer que pagou toda a dívida do jovem. Ernesto ficou aliviado.
O menino ia saindo, quando avistou um álbum de fotos de seu avô, o mesmo continha todas as fotos de suas aventuras. Levou para casa, talvez essa seria a única lembrança de seu avô, além é claro das histórias que escrevia.
Ernesto voltou uma única vez para o Rio de Janeiro, já casado, sem mais escrever as histórias de seu avô, apenas lembrando delas, principalmente dos cavalos e o obelisco.

– Pedro

Written by oitavacmaq

Agosto 26, 2009 às 9:04 AM

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Uma resposta

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  1. Essa obra aparenta ser um pouco dramática. Mas deve ser muito boa. Gostei. Parabéns.

    – Nanda

    oitavacmaq

    Agosto 31, 2009 at 8:39 PM


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